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Alergia ao calor: entenda o problema e os possíveis tratamentos.

19/09/2019 às 14h14

A alergia ao calor manifesta-se basicamente com alterações de pele que aparecem sob a forma de urticária (placas pelo corpo com vermelhidão e coceira intensa). A urticária ao calor é um tipo de urticária física. Pode estar associada a outros tipos de urticária física como urticária ao frio e solar.

A urticária ao calor é uma das apresentações mais raras dentre as urticárias. Os principais sintomas relacionam-se com inchaço e coceira, limitando-se à área de contato com o calor. As lesões surgem 2 a 15 minutos após a exposição ao calor e podem persistir por até 3 horas. Pode ocorrer sensação de queimação no local das pápulas (pequena elevação sólida e limitada na pele). Alguns pacientes podem apresentar outros sintomas que não os de pele como síncope, fadiga, náuseas, vômitos, dor abdominal, febre e dispnéia. Esses sintomas acontecem se a área acometida for extensa.

Acredita-se que sua transmissão seja genética, mas não há um mecanismo patogênico completamente bem elucidado.

O diagnóstico pode ser feito por colocação na pele de um cilindro com temperatura entre 40 a 50 graus durante 4 a 5 minutos. Em poucos minutos, após a retirada do estímulo, visualiza-se uma pápula no local.

Existem duas formas de urticária ao calor: uma localizada (adquirida, familiar imediata e familiar tardia) e outra generalizada. No caso da urticária familiar o surgimento das lesões é mais tardio, em torno de 2 horas após o contato com o calor, persistindo por até 6 a 10 horas.

 

Tenho alergia ao calor, e agora?

O tratamento é limitado e pouco eficaz. O uso de anti-histamínicos anti-H2 pode ser empregado. A Doxipina sistemica oral pode ser uma boa opção. A administração de anti-inflamatórios não hormonais, como a indometacina, foi usada com sucesso.

A indução ao estado de tolerância ao calor pode acontecer com dessensibilização, que consiste em exposições locais repetidas e graduais ao calor. Essa opção deve ser realizada em ambientes hospitalares, pois podem acontecer reações sistêmicas graves que precisam ser tratadas.

É muito difícil orientar ao paciente com alergia ao calor que evite ambientes quentes principalmente no verão, e em algumas cidades o clima varia num mesmo dia.

 

Outras alergias ligadas ao calor.

 

Existem outras situações em que pacientes com doenças alérgicas de pele, após a exposição ao calor e aumento da sudorese, apresentam lesões de pele. Isso acontece na dermatite atópica.

Há 2 tipos de urticárias que podem apresentar relação consequente ao calor: urticária solar e urticária colinérgica. Na urticária solar as lesões de pele aparecem 5 a 10 minutos após a exposição à radiação ultra-violeta. Na urticária colinérgica há o aparecimento de pequenas pápulas com coceira com um halo de eritema (vermelhidão) associado. Essa situação é precedida de aumento da temperatura corporal através de exercícios físicos, banhos quentes, vestimentas pesadas e grossas, ingestão de alimentos picantes e tensão emocional. Por razões desconhecidas a febre não costuma causar urticária colinérgica.

 

Fonte: Minha Vida